O objetivo deste Post é uma pequena reflexão sobre a consciência e sobre o nível mental, termos tão usados e tão pouco refletidos.
Bom, infelizmente esse Post é mais denso e filosófico que os demais. Eu não quis escrever um texto leve e direto justamente para fazer a consciência e a razão trabalharem. Se você não curte textos densos ou filosóficos, fuja desse Post. 🙂
Começo com uma reflexão do filósofo francês Edgar Morin que diz que « o pleno desenvolvimento da mente (espírito) comporta sua própria reflexividade, quer dizer, a consciência. Sob todos os aspectos, a consciência é o produto e a produtora de uma reflexão ; o termo reflexão pode ser utilizado num sentido análogo àquele do espelho, mas, no mesmo nível da mente, minha reflexão vai além de um jogo óptico : é o retorno da mente sobre ela mesma pela via da linguagem ; este retorno permite um pensamento do pensamento capaz de retroagir sobre o pensamento, e ele permite correlativamente um pensamento de si capaz de retroagir sobre si. A reflexão significa desdobramento daquele que reflete em objeto refletido, e o ponto de vista reflexivo constitui um metaponto de vista com relação ao ponto de vista refletido. A consciência é subjetiva, mas o desdobramento que ela opera permite ao sujeito de objetivar e de tratar objetivamente, em um segundo grau, todas suas atividades físicas e todos seus comportamentos subjetivos ; além disso, o desdobramento da consciência permite à consciência de se tratar objetivamente ela mesma. »
Mesmo a física moderna leva em consideração a consciência para certas formulações. A física quântica não é uma física exata. Ela é sobretudo uma física de possibilidades. Ela interpreta o universo como sendo uma rede de energia dentro da qual tudo está ligado. É um modelo holístico da realidade. Segundo alguns físicos modernos, a presença da autoreflexão e da consciência é considerada como fundamental dentro do processo de criação do sentido. Toda tentativa de compreensão passa por este caminho.
« … algumas décadas mais tarde, um físico eminente, Eugène Wigner, escrevia : “Não seria possível de formular as leis da teoria dos quanta de uma maneira completamente coerente sem fazer referência à consciência” . »
Segundo Fritjof Capra, « Certos físicos avançam que a consciência poderia ser um aspecto essencial do universo, e nós poderíamos ser impedidos de adquirir uma melhor compreensão dos fenômenos naturais se nós nos obstinamos a querer excluí-lo. »
Estas duas citações nos fornecem indícios que nos permitem de associar a consciência aos fenômenos energéticos e aos fenômenos físicos. Sabendo então que a consciência, a energia e as ações possuem uma relação reflexiva entre eles, podemos compreender a importância da autoreflexividade e do autoconhecimento dentro dos trabalhos energéticos.
A consciência reflete o conhecimento de si mesmo, em relação com o outro e, ao mesmo tempo, com o mundo em torno de si. Ela permite que se consiga perceber as coisas sem que haja necessidade de se esforçar para percebê-las. A consciência ou a tomada de consciência está presente quando quebramos barreiras energéticas que são criadas na terceira dimensão. Podemos de fato ter uma consciência ampla a partir do momento que compreendemos o outro. É o momento no qual nos conectamos ao outro e às coisas sem ter necessidade de nos esforçarmos para isso. Quando vivemos toda essa conexão, quebramos as barreiras da terceira dimensão e tomamos consciência.
Segundo Edgar Morin, « a reflexividade da mente (espírito) a ela mesma constitui uma função recursiva que produz, segundo a intenção do sujeito, a consciência de si, a consciência dos objetos de seu conhecimento, a consciência de seu conhecimento, a consciência de seu pensamento, a consciência de sua consciência. »
Consciência é o fato de ter se ciente de si mesmo e, por consequência, do outro. Ser consciente não está ligado à um sistema de valores. Ser consciente não é ser bom ou ruim, como alguns indivíduos pensam. É estar consciente de si mesmo, do que deseja e do que vai fazer para concretizar esse desejo. De uma maneira bem simples ser consciente é saber o que você está fazendo e qual resultado você vai atingir.Percebemos então que a consciência não é algo abstrato ou subjetivo, pois ela está diretamente ligada às nossas ações e à nossas concretizações. Dessa forma, podemos mesmo considerar como sendo um aspecto objetivo e concreto. A tomada de consciência é também uma tomada de atitude diferente das anteriores para se atingir um objetivo definido. Isso influencia diretamente o que chamamos de nível mental ou a nossa capacidade de concretização na matéria pelo poder mental. É a integração do pensamento, do desejo e da vontade. Existe um efeito reflexivo entre os níveis físico, mental e consciencial. É operacionalizar as vontades e sentimentos através da razão concretizando os pensamentos na matéria.
Mas e o nível mental, o que seria isso? Na verdade ele representa nossa capacidade de usar nosso poder mental para manipular o pensamento, o desejo e a vontade de maneira a concretizar nossos objetivos. Quanto mais o indivíduo tem o hábito de pensar em objetivos e de concretizá-los, mais ele passa a mensagem ao seu subconsciente de que ele deve fazer o mesmo com seu campo biomagnético até que seu subconsiente começa a gerenciar sozinho as frequências do campo biomagnético. Então o fato de estipular objetivos e de concretizá-los aumenta essa capacidade que chamamos de nível mental. Por outro lado, o fato de não atingir objetivos fixados pode baixar o nível mental, caso gere frequência de frustração na pessoa. A frequência de frustração passa uma mensagem ao subconsciente de que a pessoa não é capaz e isso afeta o nível mental baixando-o.
Estando mais cientes do que seria ser consciente podemos melhor dirigir, concretizar e criar dentro de nossas realidades. Um bom dia para todos com realizações conscientes. 🙂